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Quais as etapas de um processo seletivo?
R: Um
processo seletivo dentro da Administração de Recursos Humanos envolve
basicamente as seguintes etapas:
( Muita calma nessa hora... ) |
1 – Elaboração, junto ao Staff, de uma descrição e análise do cargo a ser recrutado e selecionado.
2 – Busca de candidatos em potencial nas fontes de recrutamento
disponíveis (principalmente em sites de currículos e redes sociais de contatos
profissionais).
3 – Triagem dos candidatos através de entrevistas telefônicas e
pessoais.
4 – Avaliação técnica e psicológica dos candidatos pré-selecionados.
5 – Contratação do candidato aprovado no processo seletivo.
- Quais as perguntas mais comuns em uma entrevista de emprego? (quanto mais respostas, melhor)
Durante a entrevista de seleção, que tem como objetivo verificar
possíveis competências e aspectos favoráveis, ou não, do candidato, as
perguntas que costumam ser pertinentes são:
(O objetivo é conhecê-lo melhor). |
- Como foi a escolha de sua profissão?
- Qual é o seu objetivo profissional?
- Poderia nos falar um pouco sobre sua experiência profissional, até o
presente momento?
- O que você consideraria mais importante no ambiente de trabalho de uma
empresa como a nossa?
- Por que você gostaria de trabalhar conosco?
- O que você considera ser mais importante em sua vida?
- Porque deveríamos contratá-lo?
- Fale-nos sobre suas qualidades e seus defeitos.
- Como você se imagina daqui a alguns anos?
(Dentro
dessa respostas, peço para que dê exemplos de perguntas a respeito do perfil,
histórico, motivação, conquistas e defeitos e expectativas dos candidatos. A idéia
é que as perguntas, muitas vezes não são explícitas).
Todas as perguntas realizadas numa entrevista de seleção têm como
objetivo não apenas a resposta direta, ou a informação que esta obtém, mas os
aspectos intrínsecos e subjetivos a elas associados. Portanto, o fundamental ao
participar de uma entrevista de seleção é responder as perguntas com
sinceridade, e não como se a aprovação no processo dependesse de algum
“desempenho” durante a mesma. Trata-se de uma avaliação projetiva, em que os
aspectos apurados servem apenas para complementar os dados outrora obtidos na
avaliação objetiva prévia. Sendo assim, as perguntas são explícitas, porque são
diretas, apesar de lidar com a subjetividade, ao invés da objetividade com a
qual estamos acostumados.
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Quais as "pegadinhas" mais freqüentes em entrevistas e seleções? (de
novo, quanto mais respostas, melhor).
(Desconfiança sempre atrapalha). |
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Quais os "mandamentos" para se sair bem em uma seleção? (mais
uma vez, quanto mais exemplos, melhor)
Bem, sugiro as seguintes considerações:
1 – Não idealize o processo.
( 1 - Não idealize o processo). |
2 – Mantenha-se calmo.
A ansiedade e o nervosismo, alimentados pela expectativa gerada em nossa
própria imaginação, são os principais vilões de qualquer processo seletivo.
3 – Seja autentico.
A autenticidade é uma peça-chave, analisada por todos os entrevistadores
de seleção durante o processo. Quando o candidato mente, disfarça, simula ou
tenta dramatizar algo, a experiência do entrevistador tende a desmistificá-lo
facilmente. Até mesmo um ator profissional pode apresentar alguma contradição
em seu discurso ou sua postura durante uma entrevista com um profissional
experiente.
4 – Tenha e apresente atitudes profissionais.
Seja pontual, responsável e profissional. Apresente sua ética ao
responder as perguntas. Permita ao entrevistador conhecê-lo enquanto
profissional que possui competências a serem apresentadas.
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O que NUNCA se deve fazer em um processo de seleção? (igual aos anteriores,
quanto mais, melhor)
(Respostas decoradas ou jargões NÃO!). |
1 – Evite respostas decoradas ou jargões.
Existem muitos fóruns sobre processos seletivos que apresentam respostas
e jargões a serem utilizados durante a entrevista, como se os entrevistadores
gostassem ou valorizassem tais respostas. Por exemplo, responder à questão
“Qual é o seu maior defeito?” com “Acredito ser minha sinceridade” ou “É que eu
não consigo deixar de terminar minhas tarefas dentro dos prazos determinados
pela empresa”, simplesmente não possui credibilidade alguma, e leva o
entrevistador a uma leve sensação de estar sendo manipulado, o que não é, nem
nuca foi, bem visto em qualquer processo de seleção de pessoal.
2 – Não seja um bajulador.
Alguns candidatos tendem a bajulação durante a entrevista, até mesmo com
sua expressão facial. O entrevistador não está objetivando descobrir afinidades
com o entrevistado, mas sim delimitar detalhadamente, seu perfil profissional e
psicológico.
3 – Evite exageros.
Muitas vezes quando identificamos profissionais generalistas ao extremo,
que se apresentam em seus currículos como capazes de lidar com qualquer tipo de
situação, ou aptos tecnicamente sob todos os aspectos, percebemos se tratar de
um profissional exagerado, que pretende convencer-nos de sua capacidade de
preenchimento do cargo para o qual estamos recrutando e selecionando. Esse tipo
de exagero, apesar de comum, é extremamente mal visto pelos profissionais de
recursos humanos.
4 – Não seja informal ou intimo demais.
Por via de regra, a entrevista de seleção é formal, com certa
flexibilidade. No entanto, muitos candidatos, buscando apresentar algum
diferencial em relação a seus concorrentes, comportam-se informalmente, como se
fossem íntimos dos entrevistadores. Tal atitude é inconveniente devido ao
caráter profissional da entrevista, vindo a ser esse suposto “diferencial em
relação aos concorrentes”, o provável motivo da reprovação no processo.
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Que perguntas podem ser consideradas abusivas por parte do entrevisto em uma
entrevista e como o candidato pode reagir? (igual aos anteriores, quanto mais,
melhor)
Acredito que as perguntas “abusivas” possam ser aquelas mal elaboradas, ou mal interpretadas. Geralmente, perguntas sobre última remuneração ou pretensão salarial, religião, sexualidade, relacionamento conjugal e demais relacionadas a vida privada do candidato, podem causar alguma polêmica. No entanto, o principal motivo que leva a esse tipo de problema está na interpretação da suposta intenção do entrevistador ao fazê-las. A reação do candidato a qualquer pergunta que considere “abusiva” deve ser uma resposta formal, podendo-se solicitar que a mesma seja reformulada pelo entrevistador, alegando sua incompreensão. Algumas perguntas que “correm esse risco” são:
- Fale-me sobre sua pessoa. Quem
é você?
- Como é a sua vida particular?
- Qual é a sua religião?
- Você tem namorado (a)? Quantos anos ele (a) tem? E como vocês se
conheceram?
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Quais os tipos de testes psicológicos eventualmente aplicados na seleção? No
que eles consistem? Para que servem? Qual o modo correto de serem aplicados?
Existem diversos testes psicológicos de uso organizacional em processos
seletivos. Dentre os testes objetivos, considero os mais comuns:
- O Inventário Fatorial de Personalidade (IFP), que objetiva identificar
fatores da personalidade do candidato. Consiste em 155 afirmativas que são
classificadas pelo candidato segundo identificação do mesmo com aspectos de sua
personalidade.
- A Escala Fatorial de Neuroticismo (EFN), também relacionada à
personalidade, visa apurar fatores relacionados às emoções e ao ajustamento
psicossocial. Sua aplicação é semelhante ao modelo do IFP.
- A Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-5) consiste em cinco cadernos
de provas de raciocínio (verbal, abstrato, mecânico, espacial e numérico), que
são aplicadas com limitação temporal específica para cada uma. O objetivo é
delimitar a capacidade do raciocínio global do candidato, dentre os vieses
apurados. Muito útil em processos de recrutamento e seleção de profissionais
técnicos e especialistas, como engenheiros, laboratoristas, arquitetos e afins.
Os testes psicológicos projetivos têm como objetivo apurar mais
profundamente alguns aspectos levantados com os testes objetivos. O mais comum
atualmente, apesar de não ser oficialmente um teste publicado por uma editora
específica, é a chamada “entrevista de competências”, que tem como objetivo,
aferir do candidato seus potenciais durante o processo dialético discursivo.
Em suma, não há uma ordem específica dos testes, mas costuma-se iniciar
os processos com avaliações objetivas, devido ao fator generalista destas.